É o que sinto como cidadão eleitor.
A forma como a candidatura presidencial de Manuel Alegre tem sido proposta, melhor imposta, incomoda e desperta repulsa a qualquer espírito livre.
É a si (eleitor) que compete optar, escolher e votar num candidato dentre dois ou mais, e não a ninguém (Alegre) ou movimento algum de opinião (partidos políticos incluídos).
A movimentação de e à volta de Manuel Alegre está-se a tornar uma coisa intrusiva da privacidade de opção política dos cidadãos parecendo que há uma qualquer obrigação obscura irrecusável ― talvez genética ― de: não só aceitá-lo mas escolhê-lo votando-o para futuro Presidente de Portugal.
Bem sei que Alegre, antes de mais, quer é impor-se ao PS; mas devia ter escolhido outro caminho.
Porque a sensação que dá é a de que Manuel Alegre não só se considera dono e senhor do milhão de votos que obteve anteriormente, mas ainda o destinatário genético dos votos de todos os que têm a cabeça e ou o coração à esquerda.
Não é assim. Eu votei Soares contra Alegre. E seria e serei capaz de votar Cavaco contra Alegre ― por inúmeras razões.
Desde logo porque o folclore é bonito mas é nos arraiais.
BOM DIA.
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