quarta-feira, 16 de julho de 2008

SHAME ON YOU

A UEFA decidiu bem: o Futebol Clube do Porto vai participar na próxima edição da Liga dos Campeões.

O Benfica e o Vitória de Guimarães não conseguiram ganhar na secretaria aquilo que não souberam e ou não puderam ganhar em campo.

O FCP tem todo o direito de disputar uma prova para a qual se qualificou ganhando o campeonato doméstico com uma catrefada de pontos acima dos seus mais directos adversários.

Sendo o Benfica o mais distante dentre esses adversários directos, não tendo, por isso, sequer o direito de disputar a mais remota das pré-eliminatórias da Liga dos Campeões, é patético e ridículo aquilo que o clube da Luz andou a fazer até agora às portas da UEFA, de cartaz na mão a protestar contra a participação do FCP na liga milionária.

Ao que o Benfica chegou, meu Deus!

Se homens como Jorge de Brito, Ferreira Queimado e Borges Coutinho fossem vivos, estariam por certo mortos de vergonha ao observar o comportamento indigno e “rasqueiro” dos actuais dirigentes do Benfica.

Tenham vergonha!

terça-feira, 15 de julho de 2008

PRESCRUTOSCÓPIO

A vida de Barack Obama depende hoje mais de Israel do que da sua segurança pessoal ou dos serviços secretos americanos.

Talvez diga melhor se disser de forma aparentemente contraditória que a vida de Obama depende hoje muito mais de si próprio do que da actividade das instituições e “contra-instituições” americanas; isto é: ou Obama defende Israel das ameaças do Irão e do Islão assinando assim o seu seguro de vida, ou então...

domingo, 13 de julho de 2008

NO REINO DA FANTASIA

VEM AÍ O FUTEBOL DE NOVO

Se acreditarmos em tudo o que as capas dos jornais desportivos (todos) têm publicado sobre o Benfica desta época, não restará qualquer dúvida que se tratará de uma equipa galáctica servida pelos melhores jogadores do mundo, capaz de vulgarizar quaisquer Manchesters ou Reais Madrids de merda, equipas estas que se embandeiram em arco com apenas terem nas suas fileiras Ronaldos, Nanis, Rooneys, Robinhos, Casillas e outros que tais, todos uns coitadinhos entrevados para quem a bola é sempre quadrada e bicuda, como sabemos.

Grande grande é este Benfica dos jornais; do mago Rui Costa; do fabuloso Quique Flores; dos Diamantinos e Chalanas; dos Di Marias, Nunos Gomes, Ruis Filipes & Companhia. Este Benfica, sim, é equipa de sonho e de poderio, capaz de meter medo até ao Adamastor.

BOM DIA E BOM DOMINGO

sexta-feira, 11 de julho de 2008

CRISE, QUAL CRISE?

O iPhone 3G foi hoje lançado em Portugal estando a ser comercializado pela Vodafone e pela Optimus.

Com tarifas e condições de contrato destes só se eu fosse magnata do petróleo ― ou então completamente doido varrido, ou então ladrão ― é que eu compraria um iPhone e assinaria contrato com uma daquelas operadoras móveis.

Só a tarifa para se aceder à internet é de 3 euros por dia, e isso se só se fizer 20 MB de downloads diários; se se fizer mais do que 20 MB ter-se-á que pagar mais 3 euros mesmo que se faça apenas mais 1 byte de download.

E é tão fácil gastar 20 MB em downloads!...

Eu, se tivesse 3 euros por dia casava-me e era já.

Nota: 3 euros é o salário médio diário de um operário na China. Sabia?

NÃO RESISTO

(Clique na imagem para apreciar em pormenor)
Chamo a sua atenção para a superfície da água dos lagos.

QUE MARAVILHA DE MÁQUINA


Telefoto: Lisboa, Quinta Pedagógica, esta tarde,
(Clique na imagem para apreciar em pormenor)
NIKON D300
Lente VR 18-200mm, F/3,5-5,6G, ISO 200, Zoom 200mm


terça-feira, 8 de julho de 2008

RENOVAÇÃO

A renovação das coisas é um imperativo da vida, daí a mudança de "visual" ora operada neste blogue. Esperamos pelo menos ter mantido a legibilidade do mesmo e não dificultar em demasia a adaptação dos leitores a esta nova aparência.

O nosso obrigado a todos os amigos que costumam visitar-nos.

Bem hajam!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

JARDINS E ESPAÇOS VERDES





É um raro privilégio que tenho desde há quase duas décadas:

Passear de manhã, antes do trabalho, pelo jardim dos Jerónimos e pelo espaço relvado em frente aos restaurantes de Belém, sem que lá haja vivalma àquela hora;

Apreciar e falar, com toda a calma deste mundo, com as árvores de que sou um velho amigo de longa data.

Não há psiquiatra que faça tão bom trabalho...

quarta-feira, 2 de julho de 2008

BOLA DE CRISTAL II

Predição:

A partir do momento em que a Ministra da Saúde disse o que disse a favor do Serviço Nacional de Saúde, vão começar os ataques vindos dos grupos económicos e de pressão com interesses no “negócio da Saúde”.

Estejais atentos à comunicação social:

Os jornalistas vendidos e comprados vão começar a fazer o “trabalhinho” que os grupos económicos com interesses no “negócio da Saúde” lhes vão ordenar que façam.

Estejais atentos às notícias dos telejornais:

A senhora Ministra da Saúde, Dra. Ana Jorge, vai começar a estar na berlinda. Porque em Portugal, hoje em dia, os interesses que é preciso defender são os interesses do sector privado; contra os do sector público e os dos portugueses em geral.

Fim de predição.

Dúvida:

Veremos se os abutres que estão à espera do cadáver do Serviço Nacional de Saúde para o devorarem até aos ossos conseguirão manipular a opinião pública a ponto de a virarem contra a Ministra da Saúde para que esta saia a prazo e dê lugar a quem depois dela fará como quem antes dela fez.

Veremos pois.

BRAVO! CHAPEAU SENHORA MINISTRA!

A senhora Ministra da Saúde falou ontem no Parlamento e disse coisas muito importantes que importa serem meditadas e retidas. É por isso que um Ministro da Saúde deve sempre ser médico, ser competente e ser honesto. Neste caso temos uma Ministra que preenche aqueles requisitos. Que, com conhecimento inequívoco de causa, sabe ver o que a rodeia: as manhas e os truques existentes à volta do “negócio da saúde”; as negociatas instaladas e superiormente protegidas em conluios de gabinetes ao mais alto nível; os gatos que se vendem por lebres no sector privado; o suga-suga permanente do Serviço Nacional de Saúde e do erário público pelos privados que ciganamente se apresentam como salvadores da Saúde em Portugal; as falhas gritantes de segurança em áreas cruciais existentes nos privados ― é por isso que a ministra disse que «em caso grave não iria para um hospital privado»; porque sabe que lá as hipóteses de sobrevivência são menores ou inexistentes em certas áreas dos cuidados de emergência ―.

Quem comparar o discurso da actual Ministra da Saúde com o de Correia de Campos (igual ao do seu antecessor, Luís Filipe Pereira) fica convencido que foi todo um Governo que mudou tal a diferença radical existente entre eles (Sócrates deve estar atónito com a actual Ministra ― se por um lado quer dar aos privados o que eles reivindicam; por outro não tem como fazê-lo se é a própria ministra da tutela que se recusa a colaborar no crime em que consistiria o desmantelamento e extinção do Serviço Nacional de Saúde universal e tendencialmente gratuito que existe ainda em Portugal); de um lado as estatísticas, os números, o negócio, o benefício dos privados, o desmantelar obsceno do sector estatal (que é património das pessoas, dos portugueses todos); do outro lado a preocupação com as pessoas, a defesa do bem comum, o olhar profissional, responsável, patriótico até, sobre aquilo que é uma das maiores conquistas dos cidadãos portugueses: o Serviço Nacional de Saúde.

Reproduzo na íntegra a notícia do Diário Digital sobre as declarações da Ministra na Assembleia da República.

A ministra da Saúde assumiu hoje no Parlamento que não iria a um hospital privado em caso de acidente grave, defendendo que este sector só deve funcionar como complemento do serviço nacional de saúde (SNS). Ana Jorge referiu-se, ainda, às irregularidades detectadas pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde nas salas de parto privadas.

Perante diversas críticas, a ministra perguntou a um deputado se iria a um hospital privado em caso grave, adiantando: "Eu não iria". A titular da pasta da Saúde acrescentou que no sector público tem de haver condições para "tratar situações graves e não só".

Ana Jorge falou ainda da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) que investigou 25 salas de parto não públicas e detectou algumas irregularidades e situações "muito heterólogas" a nível do número de partos e da existência de serviços. De acordo com a ministra, as entidades avaliadas serão notificadas nas próximas semanas e "até ao final do ano a IGAS irá avaliar o cumprimento das indicações e serão tomadas as medidas correspondentes".

Falando na Comissão Parlamentar de Saúde sobre o pagamento adicional das cirurgias oftalmológicas, Ana Jorge indicou, ainda, que "a contratualização interna será uma forma de rentabilização" da acção dos profissionais do SNS. "Se não se fizer isso, o que resta ao SNS é fechar as portas? Quem iria garantir a formação, a equidade de serviços, quem iria tratar doentes com traumas?", questionou a ministra.

Segundo Ana Jorge, o SNS também tem de ter bons profissionais, "parâmetros de qualidade" e a capacidade de incentivar e dar ânimo aos profissionais para desenvolver a sua actividade e a investigação.

A ministra tinha já anunciado hoje – durante a apresentação do Relatório Primavera 2008, do Observatório Português dos Sistemas de Saúde, que alerta para a saída de muitos profissionais para o sector privado – que o governo pretende aumentar o número de médicos no sector público da Saúde através da abertura de mais vagas nas universidades, da identificação de estudantes portugueses no estrangeiro e da contratação de médicos de outros países.

Segundo o relatório “daqui a poucos anos não haverá recursos humanos para manter o serviço público de saúde” pois verifica-se “falta de atenção pelos profissionais”. Além disso, os autores do documento adiantam que "não são de certeza as formas contratuais que pouco a pouco se vão instalando nos hospitais públicos que vão criar condições para a fixação de profissionais necessários ao serviço público".

Perante estas conclusões, a titular da pasta da Saúde lembrou que se está, neste momento, "a sofrer as consequências do número diminuto de alunos que entrou para as faculdades de Medicina nos anos 80 e no início dos anos 90, ao mesmo tempo que se faz sentir um número elevado de pedidos de reformas antecipadas, a que legitimamente os profissionais têm direito".

De acordo com a governante, está a aumentar "o número de alternativas para o exercício privado da medicina, principalmente nos grandes centros urbanos, que se tornam financeiramente atractivas para os médicos, enquanto permanece a indefinição do seu futuro profissional no sistema público".

Já o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) defendeu hoje que compete ao Estado disponibilizar os cuidados de saúde e não obrigatoriamente prestá-los, numa reacção às conclusões do relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde. O relatório considera que a oferta privada dos serviços de saúde é "geralmente de maior qualidade", mas apenas viável porque o Estado a financia "quase na sua totalidade", em vez de investir no sector público.

Teófilo Ribeiro Leite referiu-se também à Lei de Bases da Saúde onde está "inequivocamente expresso que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) congrega o próprio SNS bem como os prestadores privados e os sociais". Com base nestas explicações, Teófilo Ribeiro Leite disse não ter ficado surpreendido com a conclusão do relatório, aconselhando o seu autor a ler a Constituição e a Lei de Bases da Saúde. O presidente da associação garantiu, por outro lado, que a instalação e equipamentos das "unidades privadas de saúde têm sido implantadas com financiamento de capitais próprios". Os custos dos tratamentos têm sido suportados pelos "privados públicos, 20 por cento por utentes com seguros de saúde e ainda por entidades convencionadas".

Diário Digital / Lusa

terça-feira, 1 de julho de 2008

MILÃO MELHOR QUE LISBOA OU CABO VERDE

Conheço bem as origens e o étimo do meu nome. Conheço bem a sua ligação ao Latim e a Itália.

Mas confesso que fiquei deveras sensibilizado quando recebi da Municipalità di Milano (Câmara Municipal de Milão) a notícia de que, em minha homenagem, iam dar o meu nome a uma rua daquela cidade transalpina.

Estive lá no domingo passado tendo descerrado a placa toponímica que se vê na fotografia.
(Photo by Catarina G. Pinto)