Todos ouvimos há dias o presidente francês, Nicolas Sarkozy, dizer para as câmaras da televisão, mais ou menos isto (e cito de cor):
“Vamos ter uma cimeira com os americanos e vamos ter que chegar a um acordo imediato para resolver a crise financeira mundial. Já chega de uma potência sozinha definir o rumo dos povos; já chega de haver apenas uma moeda a dominar o comércio mundial”.
Pois bem, agora pergunto:
Representando a União Europeia um décimo da economia americana, será que a Europa tem forças para impor seja o que for à América no domínio económico e comercial? Não me parece. O que me parece é que só com aliados de peso, tipo China, Índia, Japão é que a Europa conseguiria dobrar a América. E digo “conseguiria” porque como se sabe:
a) A China é detentora de ― comprou ao longo do tempo ― cerca de dois terços da Dívida Externa americana;
b) O Banco Central da China é proprietária de triliões de dólares americanos;
c) O principal parceiro comercial da China são os Estados Unidos (quer quanto ao volume de exportações, quer quanto às importações).
Assim sendo, quem é que acredita que a China se aliará seja a quem for para afrontar ou enfrentar a América?...
O Japão ― idem, idem; aspas, aspas.
E já não há mais aliados de peso para a Europa. A Europa está condenada a aliar-se aos Estados Unidos e a seguir aquilo que os americanos escolherem como melhor para eles.
Acho, portanto, que a crise europeia se tornará ainda mais séria do que parece, se os dirigentes europeus insistirem em actos de pura bravata, como fez agora Sarkozy, perante os americanos.
A Europa precisa agora é de mudar de paradigma político, económico e social, para acertar o passo com a nova América que aí vem.
Para isso a Europa necessita. Absolutamente. De mudar de líderes.
Não se vê como é que os liberalões que levaram o mundo à catástrofe económica e financeira a que estamos todos a assistir, poderão conseguir aliar-se, a partir de agora, a uma América que vai ser, pelos vistos e ouvidos, diferente da América do senhor Bush; senhor Bush que tanto encantou os actuais dirigentes europeus ao longo dos oito anos catastróficos protagonizados por todos eles em conjunto.
Será preciso ir buscar e mostrar aqui, fotografias e documentos que provam isso? Acho que não.
Obama declarou no seu excelente discurso de vitória, na noite de 4 deste mês de Novembro, entre muitas coisas estas duas:
«... uma nova era de liderança americana está prestes a começar».
«Um homem pisou a Lua, um muro caiu em Berlim, um mundo ficou ligado pela nossa ciência e imaginação».
Quando Obama disse “NOSSA” estava a dizer “AMERICANA”, entenda-se.
“Vamos ter uma cimeira com os americanos e vamos ter que chegar a um acordo imediato para resolver a crise financeira mundial. Já chega de uma potência sozinha definir o rumo dos povos; já chega de haver apenas uma moeda a dominar o comércio mundial”.
Pois bem, agora pergunto:
Representando a União Europeia um décimo da economia americana, será que a Europa tem forças para impor seja o que for à América no domínio económico e comercial? Não me parece. O que me parece é que só com aliados de peso, tipo China, Índia, Japão é que a Europa conseguiria dobrar a América. E digo “conseguiria” porque como se sabe:
a) A China é detentora de ― comprou ao longo do tempo ― cerca de dois terços da Dívida Externa americana;
b) O Banco Central da China é proprietária de triliões de dólares americanos;
c) O principal parceiro comercial da China são os Estados Unidos (quer quanto ao volume de exportações, quer quanto às importações).
Assim sendo, quem é que acredita que a China se aliará seja a quem for para afrontar ou enfrentar a América?...
O Japão ― idem, idem; aspas, aspas.
E já não há mais aliados de peso para a Europa. A Europa está condenada a aliar-se aos Estados Unidos e a seguir aquilo que os americanos escolherem como melhor para eles.
Acho, portanto, que a crise europeia se tornará ainda mais séria do que parece, se os dirigentes europeus insistirem em actos de pura bravata, como fez agora Sarkozy, perante os americanos.
A Europa precisa agora é de mudar de paradigma político, económico e social, para acertar o passo com a nova América que aí vem.
Para isso a Europa necessita. Absolutamente. De mudar de líderes.
Não se vê como é que os liberalões que levaram o mundo à catástrofe económica e financeira a que estamos todos a assistir, poderão conseguir aliar-se, a partir de agora, a uma América que vai ser, pelos vistos e ouvidos, diferente da América do senhor Bush; senhor Bush que tanto encantou os actuais dirigentes europeus ao longo dos oito anos catastróficos protagonizados por todos eles em conjunto.
Será preciso ir buscar e mostrar aqui, fotografias e documentos que provam isso? Acho que não.
Obama declarou no seu excelente discurso de vitória, na noite de 4 deste mês de Novembro, entre muitas coisas estas duas:
«... uma nova era de liderança americana está prestes a começar».
«Um homem pisou a Lua, um muro caiu em Berlim, um mundo ficou ligado pela nossa ciência e imaginação».
Quando Obama disse “NOSSA” estava a dizer “AMERICANA”, entenda-se.