
Voltei, vim à blogosfera e tomei a minha primeira decisão da rentrée: decidi contemplar, humildemente, um blogue ― um excelente blogue que leio assiduamente de há muito ― nos links preferidos aqui ao lado; trata-se do blogue O Cachimbo de Magritte. Quem ainda não o conhece, faça o favor!... tenha o prazer de ler os bloggers de O Cachimbo.
A penúltima posta colocada naquele blogue é de um humor ternurento eivado de fino sarcasmo (haverá sarcasmo fino?) e por isso merece ser aqui transcrita, pelo menos em parte, a parte sarcástica em que se critica Sísifo não pela produção de um trabalho sem finalidade, mas pelo absurdo resultado de um extenuante trabalho como são muitas teses de doutoramento: a satisfação (absurda) da vaidade pessoal.
Cito O Cachimbo:
«Há quem não tenha tempo porque está a acabar, ou a começar, ou algures à volta de - uma Tese. Uma Tese, senhores. Chegam a fugir para Singapura em nome da ciência. Como se isso servisse de alguma coisa. Anos de má escrita que ninguém vai ler, nem o orientador, sobre um tema obscuro que a ninguém interessa, nem à mãezinha. E para quê? Para disputar uma vaga de assistente convidado no Burkina Faso com os licenciados de Bolonha. Ainda vão ter saudades dos comentários do MRC, do Borges e do Lukachenko.»