Custa-me muito escrever isto. Hoje, num almoço, falando com um familiar muito próximo de Carlos Alhinho, comentei o azar que ele terá tido ao espreitar pela caixa do elevador no momento em que a porta se abrira e o mesmo vinha de um andar superior tendo-lhe batido na cabeça e feito com que caísse pelo precipício de seis andares abaixo dele encontrando a morte no acidente.
Não foi assim ― asseverou-me o familiar de Alhinho ― Porque o corpo foi encontrado sobre o elevador que estaria abaixo e não acima dele. Por outro lado ― continuou o familiar ― foi encontrado sangue na porta do elevador, no piso do qual Carlos Alhinho terá “caído”.
Não comento nem especulo demasiado. Apenas lembro que Carlos Alhinho encontrou a morte em Benguela, Angola. Onde infelizmente não consta que a investigação criminal seja um exemplo de sucesso e clareza. E onde etc., etc., etc.