domingo, 24 de fevereiro de 2008

FRAGILIDADE E TRISTEZA

Volta e meia lá aparecem tiques e procedimentos que fazem lembrar os tempos da ditadura e do Fascismo.

Já toda a gente estava quase esquecida do caso do professor Fernando Charrua denunciado e punido POR PURO DELITO DE OPINIÃO (privada): fizera um comentário jocoso sobre a licenciatura do primeiro-ministro...

E... pimba! Foi suspenso de funções após a denúncia de um bufo.

Para lembrar a todos que se deve ter muito respeitinho, andar muito direitinho e caladinho porque... senão ― chicote para cima dos prevaricadores.

Pois agora parece que voltou outro tique punitivo e intimidador:

Houve há dias o caso do sindicalista julgado e condenado (ao que se disse sem nada saber, sem ser ouvido ou podido defender-se em tribunal) pelo facto de se ter “manifestado na via pública sem ter obtido licença prévia para isso”.

Ontem aconteceu serem “identificadas” três manifestantes “ilegais” (não tinham licença, pelos vistos) as quais, no Porto, entre centenas de manifestantes “ilegais” como elas, foram escolhidas pela polícia para o efeito.

Parece que o país está de novo confrontado com fantasmas do passado.

Volta e meia lá surge mais um tique; lá vem mais uma intimidação.

Triste poder que assim procede mostrando toda a sua fragilidade.

Porque de fragilidade se trata. Sabem-no bem todos aqueles que viveram os tempos do fascismo e da ditadura.