Será hoje que o Ministro das Finanças anunciará em conferência de imprensa o nome de Faria de Oliveira como o novo presidente do maior Banco português.
Como se sabe, Faria de Oliveira é militante do PSD desde os primórdios deste partido político: 1974.
Mas engana-se redondamente quem pensa que, por ser militante do PSD, Faria de Oliveira aceitará alguma vez “sugestões” do PSD sobre como gerir os destinos da Caixa Geral de Depósitos. Trata-se de um homem verdadeiramente independente (como certamente se verá ao longo do seu futuro mandato à frente da CGD) e estou convicto que o líder do PSD terá tanta (ou até menor) facilidade em falar com ele, como terão todos os outros líderes partidários portugueses.
É engraçado, para mim, registar que a melhor solução para a Caixa Geral de Depósitos vá passar, hoje, por alguém com fundas raízes solis e sanguíneas à Ilha do Fogo, em Cabo Verde: Faria de Oliveira descende de nada menos do que cinco gerações de portugueses cabo-verdianos; tendo, inclusive, sua mãe, Maria da Conceição, também nascido na ilha do Fogo.
Nota: A parte final desta posta foi editada para acrescentar a informação (antes involuntariamente omitida) do nascimento de Maria da Conceição na Ilha do Fogo.