sábado, 3 de novembro de 2007

O RATO MORTO DA SAÚDE

Quando são noticiadas anomalias nos domínios da Saúde, invariavelmente aparece alguém que vem explicar ao povão, às vezes com gráficos e números, as razões por que as coisas correram mal. Como se uma simples explicação, na óptica dos responsáveis pela coisa, viesse alterar os factos e fazer com que tudo passasse então a ser suportável e admissível.

Quando assisto a isso costumo habitualmente pensar naquela frase de Fradique Mendes, personagem de Eça de Queiroz:

― Se um rato morto me disser ― «eu cheiro mal por isto e por aquilo e sobretudo porque apodreci» ― eu nem por isso deixo de o mandar varrer do meu quarto.