sexta-feira, 18 de maio de 2007

SEM COMENTÁRIOS

O Director Geral da Saúde veio ontem informar o país ― e garantir ― que, quando entrar em vigor a lei do aborto, os hospitais e demais unidades de saúde envolvidos no esquema atenderão atempadamente a pretendente ao aborto numa consulta e terão que lhe garantir uma segunda consulta para 5 (cinco) dias depois.

Lembro ou informo a quem me está a ler que os doentes com cancro não têm esta facilidade. Nem nada ― nadinha mesmo ― que se pareça com isto.

É este o país em que estamos.

Entretanto adivinha-se grande tensão entre administrações hospitalares e serviços de Obstetrícia cuja maioria dos médicos opte pela objecção de consciência. É que parece que os hospitais que não realizem os abortos que lhes são pedidos vão ter que pagar, do seu orçamento, a outros que os façam.

Não sei é se isto só funcionará entre os hospitais públicos ou se também ainda veremos circular dinheiro dos parcos orçamentos dos hospitais públicos para os privados que vierem a realizar os abortos.

A festa promete.