[...] «Ela estava com bela aparência. Trazia seu vestido, decotado, pertences à mostra. Cravo seu hálito recendia sempre no teatro quando se inclinava para fazer uma pergunta. Contei-lhe o que Espinosa diz naquele livro do pobre pai. Hipnotizada, ouvindo. Olhos deste tamanho. Ela se inclinava. O gajo do balcão, olhando com toda a gana para dentro dela com os binóculos. A beleza da música deve ser ouvida ao dobro. Mulher ao natural basta meia olhadela. Deus põe, o homem compõe.» [...]
[...] Lábio avulta. Corpo de branca mulher, uma flauta viva. Sopra doce. Forte. Deusa eu não vi. Elas querem isso: nada de rodeios em demasia. [...]
Boa noite.