terça-feira, 25 de abril de 2006

25 DE ABRIL DIA DA LIBERDADE

Invertendo esta posta do “Blasfémias”, hoje, no dia de mais um aniversário do 25 de Abril criador do Portugal Democrático, faz todo o sentido escrever o seguinte:

Suponho que nesta altura a ideia deve ter sentido para alguém. Não estou a ver bem para quem, mas deve haver alguém pelo meio que acredite que o método poderá produzir desenvolvimento. E qual é o método? Assaltar a função pública e tal como as empresas colocá-la nas mãos dos privados, roubar o erário público e distribuir os recursos financeiros do Estado aos capitalistas mais retrógrados e incapazes da União Europeia, proibir o direito ao trabalho dos cidadãos, aumentar os lucros dos bancos mediante a redução drástica dos impostos a eles aplicáveis, colocar o destino das vidas dos portugueses nas mãos de empresários sem escrúpulos ou formação, permitir aos empresários o regabofe geral sobre a riqueza nacional, abrir sectores estratégicos para a sobrevivência nacional à incompetente e catastrófica iniciativa privada, distribuir terras e empresas públicas por quem não tem nem os meios nem a competência para as trabalhar, imitar economias falhadas, diminuir drasticamente os salários e as pensões, subsidiar empresas falidas com a dívida pública e entregar a economia aos caprichos de privados incompetentes e sem escrúpulos. «Este é o plano para concretizar o D de Desenvolvimento». Com surpresa, alguns acabarão por perceber que não resulta. Outros talvez não.

P.S. Só quem não viveu antes do 25 de Abril ou não conhece a História pode acreditar na incompetente classe empresarial portuguesa. Teve um Império nas mãos durante 500 anos. E ao contrário de outras potências coloniais (Holanda, França, Inglaterra, Espanha) viveu sempre de tanga e de tanga ficou com o fim do Império. E há quem queira agora convencer-nos que se compra competência a metro em algum supermercado mundial.