Invertendo esta posta do “Blasfémias”, hoje, no dia de mais um aniversário do 25 de Abril criador do Portugal Democrático, faz todo o sentido escrever o seguinte:
Suponho que nesta altura a ideia deve ter sentido para alguém. Não estou a ver bem para quem, mas deve haver alguém pelo meio que acredite que o método poderá produzir desenvolvimento. E qual é o método? Assaltar a função pública e tal como as empresas colocá-la nas mãos dos privados, roubar o erário público e distribuir os recursos financeiros do Estado aos capitalistas mais retrógrados e incapazes da União Europeia, proibir o direito ao trabalho dos cidadãos, aumentar os lucros dos bancos mediante a redução drástica dos impostos a eles aplicáveis, colocar o destino das vidas dos portugueses nas mãos de empresários sem escrúpulos ou formação, permitir aos empresários o regabofe geral sobre a riqueza nacional, abrir sectores estratégicos para a sobrevivência nacional à incompetente e catastrófica iniciativa privada, distribuir terras e empresas públicas por quem não tem nem os meios nem a competência para as trabalhar, imitar economias falhadas, diminuir drasticamente os salários e as pensões, subsidiar empresas falidas com a dívida pública e entregar a economia aos caprichos de privados incompetentes e sem escrúpulos. «Este é o plano para concretizar o D de Desenvolvimento». Com surpresa, alguns acabarão por perceber que não resulta. Outros talvez não.
P.S. Só quem não viveu antes do 25 de Abril ou não conhece a História pode acreditar na incompetente classe empresarial portuguesa. Teve um Império nas mãos durante 500 anos. E ao contrário de outras potências coloniais (Holanda, França, Inglaterra, Espanha) viveu sempre de tanga e de tanga ficou com o fim do Império. E há quem queira agora convencer-nos que se compra competência a metro em algum supermercado mundial.