quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

VOLTEMOS À VACA QUENTE

Para que fique claro.
Por aqui não há nada contra os homossexuais. Nada contra a “união”, a “vida em comum”, etc. entre os homossexuais.

Só que ― chamar “casamento” à união entre homossexuais é que me parece desadequado. Porque entende-se que o casamento é mais que uma simples ou mesmo complexa união de duas pessoas; e sejamos directos: o casamento, lato sensu, também pressupõe procriação.

(Que a procriação não seja possível por doença ou por opção, é outra coisa diferente da impossibilidade de procriar; e não invalida que à partida essa união fosse ao menos potencialmente “procriativa”).

Agora entre homossexuais! Aquilo é tudo menos casamento.

Para mim o problema está na instituição Casamento que, no meu entender, os homossexuais pretendem conquistar para seu sossego interior e obtenção (pensam) de um estatuto que os iguale exteriormente aos heterossexuais ― sem se importarem de com isso destruir, desvirtuar, abandalhar, se quiserem, a instituição Casamento. E é isso que deve ser evitado.

Durante muito tempo os homossexuais clamaram pelo "direito à diferença". Sabiam e sabem que são diferentes dos heterossexuais. Agora querem parecer iguais aos heterossexuais. Já não se sentem bem na sua pele de "diferentes". Há qualquer coisa que continua a perturbá-los na sua pele de homossexuais.

Até é questão para se dizer que os homossexuais agora querem ser heterossexuais por via legal. Já não confiam nem se sentem bem com a sua natureza.

Quererão dar razão a D. José Saraiva Martins?

Dê-se aos homossexuais todos os direitos consagrados no casamento ― até o direito impossível de terem filhos entre si ― mas não se chame a isso casamento.

É aqui que bate o ponto.
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