Este discurso é bom para uma fábrica de salsichas. E péssimo quando se trata de um hospital.
Com este discurso e estas atitudes, o que este administrador está a fazer é a dar cabo do que resta do Hospital de S. João.
É que, pelos vistos, ele não sabe ― nem o público em geral sabe ― que discursos e atitudes destas, com os médicos, costumam ter (e vão ter) o efeito contrário ao esperado: vai haver mais abstencionismo, menor produtividade e uma ainda maior desertificação de recursos humanos médicos naquele hospital (mais reformas antecipadas, mais rescisões de contratos, mais pedidos de exoneração).
Um médico não está para trabalhar em sítios psicologicamente inóspitos como aquele.
Numa altura em que a Sra. Ministra da Saúde diz que o governo está a estudar propor aos médicos em processo de reforma e na pré-reforma um novo tipo de vínculo para que, depois de reformados, continuem a trabalhar ― pois não há médicos suficientes no SNS ― nesta altura, dizia, é que aparece este indivíduo da administração do S. João a pôr-se em bicos de pés pretendendo tratar os médicos como se fossem os criados lá do quintal da tia dele.
Este indivíduo, ao que parece em crise de autoridade, ultrapassa os Directores dos Serviços, usurpa-lhes os poderes que são só deles (o controlo de assiduidade dos médicos sob sua direcção) e dá uma de ditadorzeco anunciando uma medida ridícula própria, no meu entender, de um capataz de obras dos tempos do colonialismo.
Com a sua acção à frente do Hospital de S. João, este indivíduo vai por certo fazer piorar ainda mais a assistência do SNS aos portugueses.
Eu sei que muito português invejoso vai aplaudir este tipo de discurso e de atitude ― é lá com eles ―; assim como assim, o português já nos habituou a sentir-se feliz com a desgraça alheia sem se importar se com isso, afinal, é ele próprio que será prejudicado e não aqueles contra quem primeiramente o chicote é levantado.
Com este discurso e estas atitudes, o que este administrador está a fazer é a dar cabo do que resta do Hospital de S. João.
É que, pelos vistos, ele não sabe ― nem o público em geral sabe ― que discursos e atitudes destas, com os médicos, costumam ter (e vão ter) o efeito contrário ao esperado: vai haver mais abstencionismo, menor produtividade e uma ainda maior desertificação de recursos humanos médicos naquele hospital (mais reformas antecipadas, mais rescisões de contratos, mais pedidos de exoneração).
Um médico não está para trabalhar em sítios psicologicamente inóspitos como aquele.
Numa altura em que a Sra. Ministra da Saúde diz que o governo está a estudar propor aos médicos em processo de reforma e na pré-reforma um novo tipo de vínculo para que, depois de reformados, continuem a trabalhar ― pois não há médicos suficientes no SNS ― nesta altura, dizia, é que aparece este indivíduo da administração do S. João a pôr-se em bicos de pés pretendendo tratar os médicos como se fossem os criados lá do quintal da tia dele.
Este indivíduo, ao que parece em crise de autoridade, ultrapassa os Directores dos Serviços, usurpa-lhes os poderes que são só deles (o controlo de assiduidade dos médicos sob sua direcção) e dá uma de ditadorzeco anunciando uma medida ridícula própria, no meu entender, de um capataz de obras dos tempos do colonialismo.
Com a sua acção à frente do Hospital de S. João, este indivíduo vai por certo fazer piorar ainda mais a assistência do SNS aos portugueses.
Eu sei que muito português invejoso vai aplaudir este tipo de discurso e de atitude ― é lá com eles ―; assim como assim, o português já nos habituou a sentir-se feliz com a desgraça alheia sem se importar se com isso, afinal, é ele próprio que será prejudicado e não aqueles contra quem primeiramente o chicote é levantado.