terça-feira, 13 de janeiro de 2009

JORNALISMO MENTECAPTO

A notícia é sobre um relógio «raro» que Pablo Picasso terá desenhado. Vamo-la lendo... sempre à espera que o “jornalista” nos descreva esse intrigante quão provavelmente bizarro relógio apelidado de «uma extravagância»; mas debalde: chega-se ao fim da notícia a saber-se rigorosamente nada do maldito relógio. Esta é a preparação que as actuais escolas portuguesas (incluindo as de jornalismo) dão aos seus alunos: uma miséria.

Constatai por vós mesmos.

No Museu do Relógio, em Serpa
Extravagância de Picasso

Um relógio "raro" criado por Picasso, que senhoras descomprometidas usavam para "meter conversa" com cavalheiros; e não para ver as horas, é um dos 300 relógios femininos, fabricados entre 1850 e 2000, expostos no Museu do relógio, em Serpa.
Em festas ou galas, as senhoras usavam-no "não para verem as horas", mas para "perguntarem aos cavalheiros: que horas são no meu relógio? Isto tudo para iniciar uma conversação" de forma subtil, explicou o responsável do museu, Eugénio Tavares d'Almeida, referindo tratar-se de "mais uma extravagância de Picasso".
"É um relógio raro" e "não se sabe quantos exemplares existem", frisou Eugénio Tavares d'Almeida, referindo que no Museu Picasso de Málaga (Espanha) "há um igual". O "curioso" relógio é uma das 300 "relíquias" da exposição "150 Anos de Relógios de Senhora: 1850 a 2000", patente ate 31 de Julho, neste museu, único do género na Península Ibérica e um dos cinco no mundo, para "revelar" a história e "compreender a evolução tecnológica" dos relógios.
O museu, que já atraiu mais de 300 mil visitantes desde que abriu em 1995, recebeu 20 mil visitas e restaurou "cerca de 500 relógios" no ano passado.

[in Global Notícias, Ano 2 nº 307, de 12/01/2009]

Então?! Ficaram a saber alguma coisa do relógio? Eu não!