domingo, 20 de junho de 2010

«N’BEM FURT»

Já foi tempo quando aos domingos pela manhã se formavam várias tertúlias de amigos em lugares públicos mais ou menos estratégicos da cidade de S. Filipe. Regra geral as conversas centravam-se nas peripécias que cada um tinha vivido no sábado anterior.

Eis que chega César Bengalinha, um boémio de primeira, homem de muito humor, que do alto dos seus metro e oitenta e tal conta:

É pá! Esta madrugada escapei de boa; julgava que o fulano tinha ido trabalhar à noite, então naqule escuro de breu que fazia, saltei para o quintal da casa dele… E não é que qualquer coisa não estava no seu lugar habitual pelo que dei um encontrão num bidão vazio que fez um barulhão do caraças! Nisto oiço abrir-se a porta da casa e alguém me alumia a cara com um light e me pergunta:

− O que fazes a esta hora no meu quintal, César?
− N’bem furtâ (vim roubar) – respondi-lhe…