domingo, 25 de janeiro de 2009

LIDO NOS BLOGUES (II)

José Adelino Maltez posta aqui sobre o caso Freeport fazendo uma abordagem diversa da de José, introduzindo outros ângulos de leitura do mesmo (caso).

Destaco alguns parágrafos da posta de JAM, para mim os mais significativos do que acabo de dizer:

«Por causa de toda esta fumarada, não reparámos na falência da Quimonda nem tivemos suficiente altura para acompanharmos a esperança de Obama. Porque, mesmo sabendo que uma andorinha em Washington não faz a Primavera, nem por isso era de preferir a continuação dos abutres. E recordando os norte-americanos, talvez fosse útil lembrar que foi o jornalismo de investigação que denunciou o Watergate, mas que tais "mass media" não conseguiram vislumbrar o lado negro de John Kennedy, hoje provado.»

«Do Freeport, apenas apetece voltar a glosar Cícero: nem tudo o que é lícito é moralmente recomendável ou politicamente exemplar. Guterres, com Sócrates, tal como Santana, com a febril actividade de despachos nos últimos segundos de vida de um governo de gestão devem ser banidos como paradigmas. Porque um quarto de hora antes de morrerem os governos não devem apenas temer o ilícito mas também o politicamente reprovável e o moralmente execrável, em termos cívicos. Até porque não são os magistrados que os podem absolver em termos políticos ou morais.»

[...]

«Por mim, confesso, não se me afigura que Sócrates possa estar envolvido em recebimentos e pagamentos, do género dos insinuados, de forma directa ou indirecta. As eventuais imoralidades ou irregularidades políticas têm sido pasto em todos os governos de todas as áreas políticas. Até acredito que Sócrates quis continuar a ser um gajo porreiro, ao ceder ao pedido do tio, ou do camarada autarca, naturalmente interessado em trazer para o seu concelho aquele investimento.»

[...]

«Porque estamos perante um caso de polícia. E é desgradável que a pessoa do primeiro-ministro de Portugal sofra as consequências de uma sociedade endogâmica e matriarcal, entre a D. Maria da Cunha e muito nepotismo em sentido etimológico. Para bem de todos, seria conveniente que, a curto prazo, ele conseguisse libertar-se das insinuações. Porque se ele deve ser atacado politicamente, é totalmente cobarde que o seja pela estratégia indirecta de certo inquisitorialismo e certo neopidismo de que também já foi vítima, nomeadamente com a campanha de boatos que o tentou despudoradamente destruir na última campanha eleitoral.»